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quinta-feira, 14 de março de 2024

Carolina de Jesus- Desigualdade social na ponta da caneta

 


Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, Minas Gerais. Se estivesse viva, completaria 110 anos nesta quarta-feira (14). A escritora é conhecida pelo seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma favelada” e deixou um legado importantíssimo de se reconhecer; confira.

Quem foi Carolina de Jesus?

Carolina Maria de Jesus foi uma escritora, notória por sua obra “Quarto de despejo: Diário de uma favelada”. Como o próprio subtítulo de seu livro antecipa, Carolina foi moradora de favela e trabalhava como catadora de papel. A vontade de ser escritora, no entanto, a movia em direção à escrita e ela passou a registrar seu cotidiano.

Muito do que se pesquisa sobre a autora parte do conhecimento extraído dos textos publicados. Porém, é importante lembrar que a lógica editorial, empregada para selecionar quais recortes entrariam ou não para a publicação, interfere e deixa lacunas sobre sua vida. Não há, por exemplo, anotações publicadas do dia 14 de março, seu próprio aniversário.

Resgates históricos tentam contornar essa ausência e, a partir deles, a complexidade da figura de Carolina tornou-se evidente, uma mulher consciente do poder de representação da escrita, além de elegante, orgulhosa e politizada.

Além de seu título mais famoso, a autora lançou em vida os títulos “Casa de Alvenaria” (1961)“Pedaços de Fome” (1963) e “Provérbios” (1963). Há ainda o autobiográfico “Diário de Bitita”, publicado em 1986, após a morte da autora, em 1977, de complicações da asma.

Importância histórica

Os debates acerca de vida e obra da autora ocorrem, mesmo após 110 anos de seu nascimento, por sua relevância no entendimento da desigualdade no Brasil. Carolina era consciente da existência de um separatismo entre brasileiros ricos, aqueles que viviam na “sala de estar”, as cidades, e os pobres, que estavam no “quarto de despejo”, a favela.

Testemunho ou literatura, seu texto consolida o papel não reconhecido da autora enquanto intérprete do Brasil. Seu reconhecimento só não é maior porque, como protestou a autora ao longo da vida, “É próprio dos ditadores não gostar da verdade e dos negros”.



Fonte: acidadeon.com

sexta-feira, 1 de março de 2024

Grades de aço

                                            


                   Sou um jovem

    que quer apresentar uma consequência de vida.

                 Sou uma pessoa como tantas outras,

                 do mundo.

                 Mas, por uma causalidade do destino,

                 depois de uma altura da vida,

                 vim parar atrás de grades de ferro,

                 cumprindo seis anos, dois meses e alguns dias.


                 Hoje posso entender

                 o valor da liberdade.

                 Casado, pai de família,

                 sei o quanto sinto falta

                 da minha liberdade.

                 A vida às vezes é como um labirinto,

                 e temos que seguir vários caminhos

                 para encontrar um fim,

                 ou quem sabe a felicidade.


                  Tenho uma rotina repetitiva,

                  mas sempre procuro viver

                  um dia após o outro.

                  Trabalhando, estudando,

                  frequentando cultos, 

                  fazendo atividade física

                  e sempre pensando na Amanda.

                  Sempre.

                  Sempre tive sonhos 

                  que tornam as pessoas vencedoras.

                  Sonhar para mim

                  é acreditar,

                  que sonhar é preciso.

                                                           

                                                                                                              M.D.P.M.


Coletânea "Vozes de um tempo VOL. 3- Relatos e vivências de pessoas privadas de          liberdade"- Editora Concórdia.

                                                       

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Postagem Aquariana

 



          Poucos sabem mas fevereiro é o mês do meu aniversário, no entanto,  o presente será de todos vocês. Pela 1ª vez na história, as homenagens serão ao meu signo zodiacal, brindando-vos com um resumido estudo sobre a tão aguardada Era de Aquário. 

Paz no💗 de todos(as). 


Era de Aquário é um assunto que cada vez mais vem sendo pauta entre os estudiosos de astrologia. Provavelmente você ouviu falar por aí que o início seria em 2021, mas já adiantamos que não é bem isso, uma vez que estamos em um momento de transição entre Eras. Contudo, neste período, já podemos perceber o que esta fase pode nos sugerir.

 Da Era de Peixes para a Era de Aquário

De forma bem resumida, até o início do século XXI, estamos vivendo sob a regência da Era de Peixes. Neste período, houve o domínio do cristianismo, onde os primeiros cristãos utilizaram peixes como um emblema e como um sinal para suas reuniões secretas, gravando-os nos muros das catacumbas, sobre as sepulturas e portas. É fácil notar que na bíblia há muitas referências a peixes, como a pesca milagrosa em João 21:1 e outras menções.

Após cerca de 2 mil anos, seguimos em direção a Era de Aquário. Com isso, nos próximos 2.160 anos, este signo governado por Saturno e Urano, que faz oposição a Leão, desenhará e transformará os conceitos macro da humanidade, nos fazendo entrar na aguardada Era de Aquário.

Esta transição é longa e a proximidade entre os signos envolvidos faz grande diferença. Por isso, muitos acreditam que já estamos na Era de Aquário, uma vez que vivenciamos diversas transformações tecnológicas, políticas, sociais e culturais nas últimas décadas como uma correspondência análoga aos temas deste signo.

      

Consolidando a Era de Aquário

Entre os anos de 2020 e 2030, após trânsitos importantes que fizeram Saturno e Júpiter entrarem no grande ciclo de Ar e com a entrada de Plutão em Aquário, que ocorre em 2023, acredita-se que esta transição estará bastante avançada e, assim, a entrada na Era de Aquário estará basicamente consolidada.

Na Era de Aquário, as atitudes passam a ser mais objetivas e impessoais e o coletivo é soberano. Tudo o que não serve mais, pode ser descartado ou reciclado. O coletivo de ato está em foco e as informações se propagam em velocidades muito altas, uma vez que o desenvolvimento tecnológico e dos meios de comunicação está acelerado.

A realidade que conhecemos no presente está prestes a ser questionada. Os extremos têm pressionado o surgimento de um novo nível de percepção e de consciência àqueles que estejam com o coração e mente abertos para repensar a realidade e dispostos a reconstruir novos caminhos de futuro, diferentes de tudo o que conhecemos.

Mas, para que essa transição seja positiva, tem uma palavra muito importante que precisa ganhar destaque em nosso vocabulário diário: responsabilidade. A liberdade que Aquário preza esta atrelada diretamente à responsabilidade. Se hoje as estruturas de poder são, em sua maioria, visíveis e categorizadas, elas passarão a ser mais sutis e intrínsecas, iniciando uma fase de ajuda mútua e trazendo mais humanitarismo. Por outro lado, também há a possibilidade de criar-se uma grande rede e sistema de controle no melhor estilo Big Brother, o regente da famosa obra de George Orwell chamada 1984, que a tudo e todos controla através de um policiamento coletivo. Tudo depende de como vamos conduzir e permitir os acontecimentos que vão se desenrolando.

Na Era de Aquário, temos uma visão de que o mundo pode se tornar gradativamente melhor pela valorização do ser humano, da ciência, tecnologia, modernização, liberdade e democracia. A mudança permanece contínua, mas agora de uma forma ainda mais frenética.

 

 

 

 

Fonte: astrolink.com.br