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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Evangelhos Apócrifos



 
Os evangelhos apócrifos são textos religiosos sobre a vida de Jesus escritos sobretudo a partir da segunda metade do século II. Alguns cristãos já os haviam considerado não confiáveis do ponto de vista histórico ou, pelo menos, como não inspirados por Deus. Ainda que muitas vezes possuíssem conteúdos heréticos, tiveram influência na piedade popular e em muitas obras artísticas.
Os evangelhos apócrifos são todos aqueles textos religiosos centrados em Jesus que foram descartados nos primeiros séculos e que não se encontram no elenco dos livros da Bíblia considerados pela Igreja como autênticos e inspirados.
A palavra “apócrifo” vem do grego e significa “oculto” ou “escondido”. No começo, o termo foi utilizado para designar os escritos que revelavam “verdades” de cunho esotérico a “iniciados”. No entanto, esta palavra é utilizada hoje para qualificar em geral os escritos sobre a vida de Jesus que não foram aceitos pela Igreja como inspirados por Deus nem como norma de fé – ao contrário dos evangelhos atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João – e que foram compostos na segunda metade do século I.
Os evangelhos que conhecemos são chamados de “canônicos” (termo inspirado na vara ou “cana” utilizada para medir os limites) e traçam o perímetro dos textos sagrados que entraram no “cânon” da Bíblia católica, ou seja, o elenco oficial dos 73 livros (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento), fruto de um processo de discernimento iniciado dento da Igreja no século II e que prosseguiu até o século IV, ainda que o selo definitivo tenha chegado com o Concílio de Trento, em 1546.
Os evangelhos apócrifos têm alguma semelhança com os quatro evangelhos canônicos, pois apresentam palavras e fatos ligados à vida de Jesus, ou narrações mais amplas sobre personagens já presentes nos canônicos. Começaram a circular no âmbito judaico e cristão a partir da metade do século II, como reflexo de tradições e temas populares, mas não eram lidos nas celebrações litúrgicas das primeiras comunidades cristãs nem gozaram de grande prestígio, como testemunha a escassez de manuscritos existentes que nos dão notícia deles.
Estes escritos se dividem basicamente em quatro grupos: os mencionados pelos antigos escritores cristãos (pelos quais conhecemos algo do seu conteúdo), os fragmentos de papiro encontrados recentemente, os escritos que contêm detalhes sobre a infância de Jesus e os de cunho gnóstico, um movimento herético do começo do cristianismo.
 Alguns evangelhos apócrifos, como o “Evangelho dos Hebreus”, são conhecidos somente pelas notícias dos escritores eclesiásticos. Outros, como o “Evangelho de Pedro”, chegaram até nós muito fragmentados – apenas alguns pedaços de papiro – e não acrescentam nada aos evangelhos canônicos.
O “Protoevangelho de Tiago”, o “Pseudo Mateus” e o “Pseudo Tomé” narram dados da vida de Jesus, de Maria e de São José que não aparecem nos evangelhos canônicos; por exemplo, pelo “Protoevangelho de Tiago”, conhecemos a presença do boi e da mula na gruta da Natividade e o nome dos pais de Maria – Joaquim e Ana.
Muitas vezes, estes textos estão repletos de detalhes fantásticos ou piedosos: neles se conta a história cajado florido de São José, o nome dos três reis magos (Melchior, Gaspar e Baltazar) e os milagres que o Menino Jesus fazia, e foram objeto de inspiração de lendas e obras de arte durante a Idade Média. Um exemplo disso é o “Mistério de Elche”, na Espanha (uma representação teatral sobre a Dormição, Assunção e Coroação da Virgem Maria, que acontece todos os anos, no mês de agosto, na Basílica de Santa Maria de Elche, de forma ininterrupta desde a Idade Média).


Outro grupo de evangelhos apócrifos é composto por aqueles que colocam sob a autoridade de algum apóstolo doutrinas e conteúdos estranhos à fé. Estão relacionados ao gnosticismo, um movimento filosófico-religioso que floresceu sobretudo no Norte da África, nos séculos II e III. A intenção primária dos gnósticos era validar o seu sistema de crenças, isto é, com os seus escritos, eles pretendiam remontar a origem das suas crenças ao próprio Cristo. Entre eles, destacam-se o “Evangelho de Maria Madalena”, o “Evangelho de Tomé” e o “Pistis Sophia”.
Destes últimos, falaram muitos Padres da Igreja (grandes homens dos inícios da Igreja, aproximadamente do século II ao VII), para refutá-los e combater a suas derivações gnósticas. Na maior parte das vezes, estes escritos narravam supostas revelações de Jesus depois da sua ressurreição, sobre o princípio da divindade, a criação, o desprezo do corpo etc.
 Existem pouco mais de 50 evangelhos apócrifos. Alguns são muito antigos; outros são descobertas recentes, como os escritos de Nag Hammadi (1945). Esses textos continham traduções originais do grego ao copto, quem contêm evangelhos apócrifos chamados de Tomé e Felipe, um “Apocalipse de Paulo”, tratados teológicos e palavras atribuídas a Jesus, de claro conteúdo gnóstico.
Alguns especialistas, atendendo ao seu conteúdo, costumam classificar os evangelhos apócrifos em 4 grupos:
– Evangelhos da infância: narram o nascimento de Jesus e os milagres realizados durante a sua infância.
– Evangelhos de logia: são coleções de ditados e ensinamentos de Jesus, sem um contexto narrativo. Muitos deles são gnósticos.
– Evangelhos da Paixão e Ressurreição: tentam completar os relatos da Morte e Ressurreição de Jesus.
– Diálogos do Ressuscitado: recolhem ensinamentos do Ressuscitado a algum dos seus discípulos. Estes últimos são típicos da literatura gnóstica também.
Os apócrifos mais conhecidos são: “Evangelho de Pedro”, “Evangelho segundo Tomé”, os “Evangelhos da Infância de Tomé”, “Evangelho de Bartolomeu”, “Evangelho de Maria Madalena”, “Evangelho segundo os Hebreus”, “Evangelho de Taciano” (ou Diatessaron), “Evangelho do Pseudo Mateus”, “Evangelho Árabe da Infância”, “Evangelho da Natividade de Maria”, “Evangelho de Felipe”, “Evangelho de Valentino” (Pistis Sophia), “Evangelho de Amônio”, “Evangelho da Vingança do Salvador” (Vindicta Salvatoris), “Evangelho da Morte de Pilatos” (Mors Pilati), “Evangelho segundo Judas Iscariotes” e o “Protoevangelho de Tiago”.
Alguns evangelhos apócrifos são conhecidos há muito tempo. Outros foram descobertos recentemente, como no caso dos Papiros de Oxirrinco, procedentes da escavação arqueológica realizada pelos ingleses S. P. Grenfell e S. Hunt em 1897, na atual El-Bahnasa (Egito).
O mais importante acontecimento recente no campo dos escritos apócrifos ocorreu com a descoberta, por parte de camponeses – em um povoado egípcio chamado Nag Hammadi, em dezembro de 1945 –, de cerca de mil páginas em papiro: 53 textos divididos em códigos, cuja antiguidade remonta provavelmente ao século IV d.C.
Os escritos continham traduções originais do grego ao copto, quem contêm evangelhos apócrifos chamados de Tomé e Felipe, um “Apocalipse de Paulo”, tratados teológicos e palavras atribuídas a Jesus, de claro conteúdo gnóstico.
Às vezes, os apócrifos proporcionam detalhes que descrevem a sensibilidade dos cristãos dos primeiros séculos ou que confirmam os dados contidos nos evangelhos canônicos. Ainda que não contenham fontes escriturísticas de primeira mão, os evangelhos apócrifos podem ser úteis para confirmar alguns dados relatados pelos quatro evangelistas. Em outros casos, o valor dos apócrifos consiste em refletir a mentalidade do ambiente em que se originaram.
Por exemplo, o “Evangelho segundo os Hebreus”, que, para os especialistas, remontaria à primeira metade do século II. Não temos nenhum testemunho direto dele, mas apenas algumas frases recolhidas por alguns homens ilustres dos primeiros séculos, entre eles Sofrônio Eusébio Jerônimo, mais conhecido como São Jerônimo, que, além da célebre tradução latina da Bíblia a partir do grego e do hebraico, compôs a obra De viris illustribus, isto é, uma espécie de dicionário biográfico dedicado aos homens que haviam se distinguido de alguma maneira nos primeiros séculos.
Nesta obra, Jerônimo recolhe, em latim, uma pequena passagem do perdido “Evangelho segundo os Hebreus”, que ele provavelmente teria consultado várias vezes na biblioteca de Cesareia Marítima, fundada por Orígenes, uma das mais ricas e renomadas do mundo antigo, destruída pelos árabes junto com a cidade, em 638: “Após ter dado a Síndone ao servo do sacerdote, o Senhor foi até Tiago e apareceu a ele”. Nesta passagem, Jerônimo recolhe a palavra sindon para traduzir a homônima palavra grega que havia empregado ao traduzir o Evangelho de Lucas (23, 53), em que se fala do lenço que envolvia o corpo de Jesus. O “Evangelho segundo os Hebreus” teria, portanto, o mérito de testemunhar que, na época da sua composição, a Síndone se encontrava provavelmente na Palestina, talvez na própria Jerusalém.
Às vezes, o valor dos apócrifos consiste em refletir a mentalidade do ambiente em que se originaram e sobretudo a vontade das pessoas de preencher os vazios deixados pela sóbria descrição dos evangelhos canônicos. Por exemplo, o “Evangelho de Pedro”, composto em meados do século II, oferece, ainda que com detalhes estranhos, uma descrição do momento preciso da Ressurreição de Cristo. O relato reflete a necessidade que as pessoas tinham, especialmente os cristãos ligados à figura de Pedro, de imaginar o momento que transformaria para sempre suas vidas e que constituiria o centro da sua fé.


                                 

Fonte: aleteia.org

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

25 de dezembro





 Por séculos cristãos têm celebrado o nascimento de Jesus Cristo no dia 25 de dezembro. Nós acreditamos que, pelas razões a seguir, é bastante improvável que Jesus tenha nascido nessa data:
1. Lucas 2:1-3, nos fala de um censo que foi a razão pela qual José e Maria viajaram. Um censo nunca sido feito no coração do inverno, pois as condições meteorológicas faria o transporte das pessoas para a cidade de suas famílias1 muito difícil. Na verdade, mesmo em nossa era moderna de meios de transporte de alta velocidade, os censos são feitos geralmente em períodos onde o clima não sejam um obstáculo. Portanto, um suposto nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro e um censo exatamente nesta data não são coisas que podem andar juntas.
2. Além disso, o fato de o versículo 8 falar sobre pastores que estavam com seus rebanhos nos campos é mais uma indicação de que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, já que por causa do clima, os rebanhos não estão nos campos em dezembro. Como Adam Clark, caracteristicamente, diz:
"Como esses pastores ainda não tinha trazido para casa os seus rebanhos, é um argumento presumível que outubro ainda não haviam iniciado e que, conseqüentemente, nosso Senhor não nasceu em 25 de dezembro, quando nenhum rebanho estava fora nos campos .. ... Analisando por esta perspectiva a Natividade em Dezembro deve ser abandonada "(A citação é retirada de R.E. Woodrow: " Babylon Mystery Religion", Ralph Woodrow Evangelistic Association Inc., 1966, this printing 1992 p.141) 

 

A partir dos fatos acima, fica claro que é muito improvável que Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro. Por que, então, o seu nascimento é celebrado nesta data? O motivo não é outro senão costumes que pagãos que se converteram ao cristianismo trouxeram com eles. Como J. Frazer diz:
"O maior culto pagão religioso que alimentou a celebração de 25 de dezembro como feriado em todo o mundo Romano e Grego foi o culto pagão de adoração ao sol - Mitraísmo-.... Este festival de inverno era chamado " A Natividade "- " A Natividade do sol " (Ver J. Frazer: “The Golden Bough", New York, Macmillan Co., 1935 p.471.)
Mesmo uma fonte tão conservadora como "The Catholic Encyclopedia", admite que foi este festival pagão a razão pelo qual o nascimento de Jesus começou a ser celebrado no dia 25 de Dezembro:
"A bem conhecida festa solar de Natalis Invicti [A Natividade do Sol Invicto] celebrada em 25 de dezembro, tem um forte crédito na responsabilidade pela nossa data de Dezembro" (Ver: "The Catholic Encyclopedia", New York, Robert Appleton Co., 1911, p.725. This quotation was taken from R. Woodrow, op. cit. p.143)
Do exposto2, fica claro que o dia 25 de Dezembro não é o dia do nascimento de Jesus, mas o dia em que os pagãos celebravam o nascimento do sol. Quando estes pagãos se converteram ao cristianismo, trouxeram consigo suas práticas pagãs. A igreja, em vez de tomar uma posição corajosa e lutar contra essas práticas, preferiu "cristianiza-las" . Assim, "o nascimento do deus-sol" foi mudado para "o nascimento do Filho de Deus". Infelizmente, isso é apenas uma das muitas práticas pagãs e tradições que ainda são seguidas por um número considerável de cristãos.

Fonte:  www.jba.gr

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Natal sem sal

                        

         Eu pensei que todo mundo fosse filho do Papai Noel 
                         Não me explicaram direito,
                         eu aprendi desse jeito,
                         e só faço o meu papel

                         Um peru abatido,
                         natureza morta,
                         Todo mundo reunido,
                         agora pouco me importa.
                         Badala, badala o sino,
                         e pode servir a torta.

                         Meu pinheiro enfeitado,
                         me prostro perante a ti.
                         Perdoe toda a minha culpa,
                         devolva-me o que perdi.
                         Eu creio na tua glória,
                         pra ti servir eu nasci.

                        Dessa vez fiz diferente,
                        tudo a prazo comprei.
                        Enchi todos de presente.
                        De velho me fantasiei.
                        Sou o  tal Papai Noel.
                        Eu sou o mestre, eu sou o rei.
                        Sou a essência do natal.
                        Todos seguem a minha lei.
 
                        Sobre o rabi, nazareno,
                        desse eu pouco ouço falar.
                        Pelos telhados da vida,
                        não vejo alguém lhe chamar.
                        Sei que se chama Jesus,
                        e numa cruz vive a sangrar,
                        pra pagar pelos pecados,
                        de quem nele acreditar.
                        Mas o que é que ele, afinal,
                        tem a ver com o natal?




                                                                   Cesar 





domingo, 6 de dezembro de 2015

Paulo X Jesus Cristo


 Paulo, como muitos sabem, foi um aspirante a doutor da Lei (sacerdote graduado). Um judeu do século I, contemporâneo de Cristo, mas que nunca o vira pessoalmente durante seu ministério, e que, profundamente zeloso da ortodoxia judaica, de início foi perseguidor implacável dos primeiros cristãos. Contudo, esta atitude agressiva iria mudar radicalmente após Paulo (na época, Saulo) ter uma visão do Cristo pós-morte. Isso o abalou o suficiente para que passasse por uma crise religiosa, se convertendo ao cristianismo e se transformando de perseguidor a divulgador. Contudo, apesar do que diz supostamente Lucas nos Atos dos Apóstolos (escrito muitos anos após a morte de Paulo, provavelmente em torno do ano 75), Paulo não procurou nas fontes apropriadas, ou seja, nos discípulos diretos de Jesus, a base da sua própria mensagem. Ao invés disto, após um contato muito superficial com alguns discípulos menores – e não com os apóstolos, o que só se daria após três anos -, Paulo se afastou para pensar sobre sua experiência da visão que teve do ente que antes perseguira. Com estas reflexões ele também questionou sua herança formal judaica, para voltar três anos depois com toda uma visão pessoal já sedimentado do que seria ou deveria ser o cristianismo, moldada com elementos judaicos e gregos. Só então, depois, teve contato com alguns dos apóstolos diretos de Jesus e, nas suas palavras, destes mais precisamente apenas Pedro e Tiago, “irmão do Senhor”, sem que este contato tivesse qualquer grande impacto na sua já cristalizada visão do cristianismo. Assim, lemos pela pena do próprio Paulo em Gálatas 1:16-20:

“Não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém aos que eram apóstolos antes de mim, mas fui à Arábia e voltei novamente a Damasco. Em seguida, após três anos, é que subi a Jerusalém para avistar-me com Pedro e fiquei com ele por 15 dias. Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão do Senhor. Isso vos escrevo e asseguro diante de Deus que não minto.”
Portanto, segundo alguns pesquisadores – e entre eles, alguns teólogos mais esclarecidos – , existe material suficiente para suspeitar que Paulo divulgou uma doutrina “paulina” em franco contraste com a mensagem de Jesus. Paulo ajudou a cristalizar uma religião sobre Cristo e não de Cristo. Edgar Jones, autor do livro Paulo: O Estranho, diz que "Jesus de Nazaré deve ser cuidadosamente diferenciado do Jesus de Paulo. Gerações e séculos passaram até que a corrente paulina com seu forte apelo em favor do Império Romano ganhasse ascendência sobre a corrente apostólica"

  O fato é que, até o século 4, existiam várias correntes de cristianismo, em linhas gerais divididas entre as que eram lideradas pelos discípulos de Paulo e outras atreladas, pelos seguidores, à tradição mais ligada aos apóstolos de Cristo. Uma que dava ênfase à transformação pessoal calcada na preocupação ética com o próximo a partir das mensagens éticas do evangelho e outra mais voltada para a conversão ideológica à própria figura de Jesus. Sobre essa divisão veja-se, por exemplo, a ênfase que está na epístola atribuída ao apóstolo Tiago, o irmão do Senhor – e que portanto, se for dele mesmo conheceu e conviveu com Jesus. Ainda que provavelmente a epístola não seja do Tiago apóstolo, parece ser de alguém que conhecia melhor os ensinos de Jesus que Paulo. Esta epístola dá a grande ênfase à caridade e às obras humanistas, criticando quem acha que apenas a fé o ajudará a purificar a alma e atingir o nível do Reino dos Céus, o que está concorde com o trecho de Mateus que já vimos. 

  Na epístola a Tiago atribuída, lê-se:


“14 Que aproveitará, irmãos meus, a alguém que tem fé, se não tiver obras? Acaso podê-lo-á salvá-lo a fé? 15 Se um irmão, porém, ou uma irmã estiverem nus e lhes faltar o alimento diário, 16 e lhes disser algum de vós: Vá em paz, aquentai-vos e farte-se, e não lhes deres o que é preciso para o corpo, de que lhes aproveitará estas palavras? 17 Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma”.

“18 Poderá logo alguém dizer: Tu tens a fé e eu tenho as obras. Mostrai-me tu a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. 19 Tu crês que há um só Deus, fazes muito bem, mas também os demônios o crêem e tremem. 20 Queres tu, pois, saber, oh homem vão, que a fé sem obras é morta? (...) 24 Não vedes como é que é pelas obras que um homem é justificado e não somente pela fé? (...) 26 Porque bem como um corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.”

  

Fonte: oespiritualismoocidental.blogspot

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O verdadeiro cristianismo- Amor sem limites



É um fato histórico que, sob a influência do Concílio de Nicéia, em 325 dC os manuscritos originais do Novo Testamento sofreram inúmeras modificações e adulterações. Certain scholars, called 'Correctors,' were appointed by the ecclesiastical authorities and commissioned to 'correct' Scripture in the interests of orthodoxy. Certos estudiosos, chamados 'Correctores, "foram nomeados pelas autoridades eclesiásticas e comissionados à Escritura" correta "no interesse da ortodoxia. Further alterations and spurious interpolations were made in the sixth century AD to counter the surge in popularity of the Christian Gnostic movement. Outras alterações e interpolações espúrias foram feitas no século VI dC para contrariar o aumento da popularidade do movimento cristão gnóstico *. Consequently many of the Church's teachings are very different and, even in some cases, exactly opposite to that which Jesus originally taught. Consequentemente muitos dos ensinamentos da Igreja são muito diferentes e, até mesmo, em alguns casos, exatamente oposto ao que Jesus ensinou originalmente.

Regarding the Epistles, no less an authority than the Roman Catholic Church's own official recorded history states that the Epistles were, quote, "greatly interpolated". Em relação às Epístolas, é possível deduzir que transformaram-se num instrumento de ratificação à autoridade oficial da Igreja Católica Romana, apresentando várias inserções posteriores. However, regardless of any later interpolation, there is a growing body of opinion which maintains that Paul was guilty of leading a schism against true Christianity. Apesar disso, independentemente de qualquer adulteração posterior , há um corpo crescente de opinião que sustenta que Paulo era culpado de liderar um cisma contra o verdadeiro cristianismo. Certainly, many of the teachings of Paul (or at least the writings attributed to him) - who had never even met Jesus - were directly contrary to that which Jesus had originally taught. Certamente, muitos dos ensinamentos de Paulo (ou pelo menos os escritos atribuídos a ele) - que nunca sequer tinha conhecido Jesus - foram diretamente ao contrário do que Jesus havia ensinado originalmente. Paul's writings spoke in favor of meat-eating, the oppression of women, even slavery, etc. all things that were anathema to Jesus. Os escritos de Paulo "justificam o consumo de carne, a opressão da mulher e até mesmo a escravidão, ideias contrárias às lições explanadas por Jesus. 


As três principais seitas religiosas na Terra Santa, no primeiro século dC foram os saduceus, os fariseus e os essênios. Jesus was an Essene, belonging to the Northern Essene brotherhood centered around Mount Carmel. Jesus era um essênio, pertencente à irmandade do Norte essênio centrada em torno de Monte Carmelo. Members of the Northern Essene sect were also known as Nazarenes - and yes Nazareth was a Nazarene Essene settlement, though it should be noted that the term predates the place name. Os membros da seita dos essênios do Norte também eram conhecidos como Nazarenos e se, por um lado, Nazaré era um povoado nazareno essênio, por outro, deve-se notar que o referido termo é anterior ao nome da cidade.The Essenes were an extraordinary sect and a fitting community for the Messiah to have been born into. Os essênios eram uma seita extraordinária e uma comunidade adequada para o Messias que nasceu em Belem de Judá. Pliny said of the Essenes that they were "a race by themselves, more remarkable than any other in all the world." Plínio * disse dos essênios que eles eram "uma raça por si só, mais notável do que qualquer outra em todo o mundo." Philo described them as living each day in "constant and unalterable holiness". Philo * os descreveu como vivendo cada dia na "santidade constante e inalterável". Whereas the Roman historian Josephus described the Essenes as having "a reputation for cultivating a particularly saintly life";  Já o historiador romano Josefo descreveu-os como tendo "uma reputação para o cultivo de uma vida particularmente santa"; adding "rightly do they deserve to be called an example for the life of other people". acrescentando que "justamente eles merecem ser chamados de um exemplo para a vida de outras pessoas".
Anyone who has studied the subject will know that Essene teachings differ markedly from those of their Catholic counterparts, which explains why the Catholic church went to such extraordinary lengths to obliterate every bit of documentary evidence linking Jesus to the Essenes. Qualquer pessoa que tenha estudado o assunto vai saber que os ensinamentos essênios diferem muito daqueles de seus colegas católicos, o que explica por que a Igreja Católica foi a tais extremos para destruir todas as provas documentais ligando Jesus aos Essênios.

Felizmente, o ignorante e o astuto fracassaram em sua tentativa de destruírem a Verdade. In the last 120 years or so, a number of original gospels and manuscripts have come to light. Nos últimos 120 anos ou mais, uma série de evangelhos originais e manuscritos vieram à luz. Entre estes, destaca-se entre os mais notáveis achados, a redescoberta do "Evangelho dos Doze Santos", em 1880, pelo Reverendo Gideon Jasper Ouseley, que o traduziu do aramaico original para o inglês.The most notable being in the 1880's with the re-discovery of `The Gospel of the Holy Twelve', the Essene New Testament, by the saintly Reverend Gideon Jasper Ouseley, who translated it from the original Aramaic into English.
Rev. Ousely was a great scholar and a deeply spiritual man. Rev. Ousely era um grande erudito e um homem profundamente espiritual, que seguiaHe observed a purely vegetarian diet. uma dieta puramente vegetariana. He neither smoked nor drank and spent several hours each day in prayer and meditation. Ele não fumava nem bebia e passava várias horas por dia em oração e meditação. For daring to reveal the Truth, he was severely persecuted and forced to leave the Church of England in which he was an ordained priest. Por ousar revelar a Verdade, ele foi severamente perseguido e forçado a deixar a Igreja da Inglaterra, da qual  era um sacerdote ordenado.
The Gospel of the Holy Twelve contains the pure, original and unadulterated words of Christ. O Evangelho dos Doze Santos contém as palavras puras, originais e inalterados de Cristo. The following is a favorite verse, as it captures so beautifully the true spirit and nature of Jesus. O que se segue é um versículo que capta com precisão o verdadeiro espírito e natureza de Jesus.

`And the birds gathered around him and welcomed him with their song and other living creatures came unto his feet and he fed them and they ate out of his hands' `E os pássaros se reuniram em torno dele e recebeu-o com a sua música e outras criaturas vivas vieram a seus pés e ele alimentou-os e eles comeram fora de suas mãos '

The Essenes believed in the sacredness and unity of all life and were strict vegetarians. Os essênios acreditavam no caráter sagrado e unidade de toda a vida e eram vegetarianos estritos. It can be no surprise that the original teachings of Jesus should be so full of love and compassion for all God's creation. Por esse e tantos outros motivos, não causa-nos nenhuma surpresa que os ensinamentos originais de Jesus sejam tão cheios de amor e compaixão por toda a criação de Deus. Here are a few of the most interesting verses: Aqui estão alguns dos versos mais interessantes:

` Boundless love . "Amor sem limites. Order indeed is good and needful, but before all things is love, love ye one another and all the creatures of God, and by this shall all men know that ye are my disciples.' Ordem de fato é bom e necessário, mas antes de tudo vêm amor. Amai-vos uns aos outros e todas as criaturas de Deus, e por isso todos conhecerão que sois meus discípulos. "

` Animals , verily these are your fellow creatures of the great Household of God , yea they are our brethren and sisters, having the same breath of life in the Eternal. "Os animais, em verdade são seus companheiros e criaturas da grande família de Deus, sim eles são nossos irmãos e irmãs, que têm o mesmo fôlego de vida no Eterno. And whosoever careth for one of the least of these, and giveth it to eat and drink in its need, the same doeth it unto me'. E todo aquele que cuida de um dos menores destes, e o dá de comer e beber em sua necessidade, o mesmo pratica-se em mim ".

`For of the fruits of the trees and the seeds of the herbs alone do I partake'. "Os frutos das árvores e as sementes das ervas são o meu alimento ".

........Clement of Alexandria, chief disciple of the apostle Peter [whom Clement also records as being vegetarian, or more precisely vegan], wrote: 'The Apostle Matthew partook of seeds and nuts and vegetables, abstaining from flesh'. ........ Clemente de Alexandria, principal discípulo do apóstolo Pedro (que assumidamente era vegetariano), escreveu: "O apóstolo Mateus alimentava-se de sementes,  frutos secos e legumes,  abstendo-se de carne ".
Literally oceans of innocent blood have been shed because these teachings were suppressed. Literalmente,  oceanos de sangue inocente foram derramados porque esses ensinamentos foram suprimidos. I estimate that in excess of half a billion in the animal kingdom are butchered to satisfy the Christmas Day bloodlust of the world's "Christians." Estimo que mais de meio bilhão de animais são abatidos para satisfazer a sede de sangue no  dia de Natal  "cristão". These and other teachings the Church suppressed can be seen in the Gospel of the Nazarenes, obtainable from your local bookshop, or by mail order from:




*cristão gnóstico- corrente filosófico-religiosa que misturava ensinamentos teóricos
                               de várias culturas aos preceitos bíblicos.

*Plínio- Historiador romano da antiguidade.

*Philo- Filósofo judeu-helenístico da antiguidade.




Fonte: essenios